Há alguns anos tenho sido convidado a falar sobre yoga em várias cidades e países. Sempre me senti muito feliz por poder me relacionar com tantas pessoas, de diferentes culturas, que refletem sobre si mesmas buscando constante amadurecimento. E, quanto mais converso com estas pessoas, mais vejo a surpresa que elas manifestam ao me ouvir afirmar que yoga é uma psicologia.
A maioria espera ouvir que yoga é uma prática espiritual, que yoga é um conjunto de técnicas de respiração e posturas físicas, que yoga é esvaziar a mente…
Mas, mesmo contrariando suas expectativas, a reação da maioria é de alívio. Ao invés de ouvir algo exótico, elas passam a ver um espelho de suas próprias vidas. E isso é bom, muito bom. Quando passamos a entender nossas emoções nos sentimos mais humanos, percebemos que há como olhar para nós mesmos com menos medo, com menos julgamento. Existe muita dor presente no ser humano pela simples falta de compreensão. Não só pela falta de compreensão que os outros manifestam perante nossos sentimentos, mas também pela falta de compreensão que nós temos de nós mesmos.
É por isso que resolvi iniciar este blog, para conversar mais abertamente com os interessados sobre esta visão psicológica ao mesmo tempo profunda e acessível.
Todas as técnicas existentes, seja no yoga ou em qualquer outro caminho, são muito limitadas se comparadas com os benefícios de fazermos uma reflexão sincera sobre nós mesmos. E isto não é uma invenção minha, isso é Yoga. Então, já que tantas pessoas têm se dedicado a falar sobre Yoga e respiração, Yoga e posturas, Yoga e espiritualidade, eu estou livre para falar sobre algo que fala mais ao meu coração: Yoga e psicologia. Este conceito será abordado aqui enfatizando os relacionamentos. Conversaremos bastante sobre como o “relacionar-se” é a maior fonte de frustração e a maior fonte de satisfação. E mais uma coisa, preciso ser justo, eu não estaria escrevendo hoje aqui se não fosse a insistência da minha querida mulher, Rosa Carolina, de que eu iniciasse um blog sobre este assunto. Fica aqui o meu especial agradecimento a ela, que, estando quase sempre presente em minhas palestras, me motivou a escrever sobre este assunto. Não fosse o entusiasmo que vejo no rosto dela e dos demais participantes presentes em cada palestra, eu não teria motivos para criar este blog. Obrigado a todos vocês.